sexta-feira, 21 de novembro de 2008

UM POUCO DE CRIMINOLOGIA

Quando estava no processo de doutrinação marxista, digo, no Curso de Direito da UFSC, era comum ouvir de alguns professores (e de muitos alunos) que as causas da criminalidade estavam na condição social do indivíduo. O criminoso, portanto, era alguém que, diante da falta de oportunidades, praticava ilícitos visando a própria sobrevivência.

Nunca fui muito fã desse pensamento - e por isso tomei pau em muitas matérias "críticas". Penso que essa tese do crime como conseqüência da exclusão social pode justificar apenas uma parte da criminalidade, qual seja, a dos crimes famélicos (em estado de necessidade), as quais, por sinal, excluem a ilicitude.

Dia desses, li uma reportagem sobre um homem que encontrou um envelope com dinheiro e uma conta a pagar. Mesmo pobre de doer, ele pagou a tal conta para não prejudicar quem havia perdido o envelope.

Agora me digam: estando certa a teoria criminológica acima, não seria de se esperar que o homem ficasse com o dinheiro e que se foda a conta? Afinal, ele também é um excluído social.

E o que dizer dos vários casos de jovens de classe média que se envolvem com o tráfico de drogas? E dos crimes passionais? E dos corruptos, então? Tadinhos, tão pobres que precisam conseguir alguns milhões para sobreviver em Miami.

Sinceramente: explicar a criminalidade somente pela exclusão social é um insulto aos milhões de pobres que, apesar de tudo, insistem em viver com aquilo que conseguem ganhar trabalhando honestamente.

Um comentário:

Reverendo disse...

Primeiro o pobre é ladrão, daqui a pouco falam que cor da pele também é causa de criminalidade. Parece até japonês quando fala que a causa de todos os problemas vêm de fora...

Deve ser por isso que em Brasília eles vivem aumentando os salários minguados - são todos pobres, coitados! Pena que alguns hábitos são difíceis de esquecer né.