terça-feira, 19 de agosto de 2008

GIGANTISMO NANICO

É comum ouvirmos - nos meios de comunicação nacionais, nas salas de aula ou mesmo em rodas de bar - a idéia de que, no Brasil, o Estado é imenso, existindo um excesso de servidores públicos. Nessas horas, são muito utilizadas as expressões "máquina inchada", "gigantismo do Estado", entre outras.

Aos fatos: segundo dados do US Census Bureau (o IBGE deles), o Estados Unidos dispunham, em 2002, mais de 21 milhões de servidores públicos (2,6 milhões federais e o restante nos Estados e condados) para uma população de 281 milhões de pessoas. Ou seja 7,47% da população dos Estados Unidos era servidora pública.

No Brasil, segundo dados dos órgãos oficiais (IBGE e MPOG), em 2004 existiam cerca de 7,4 milhões de servidores (1 milhão federais, 2 milhões estaduais e 4,5 milhões municipais), aí contados efetivos e temporários. Para 186 milhões de habitantes, isso dá 3,97% da população.

Essa comparação foi feita com os Estados Unidos, país tido como terra liberal, como exemplo de tamanho do Estado, entre outros adjetivos. Ou seja, com a meca dos que cunharam as expressões ditas no primeiro parágrafo.

Vemos que, numericamente, não sobram servidores públicos no Brasil. Pelo contrário, faltam muitos. Estamos, portanto, a muitos anos de atingir o nível de serviço em países mais civilizados.

Parece-me que o problema não está no número de servidores públicos, mas na qualidade do seu serviço. Faz poucos anos que começaram a implementar a avaliação de desempenho na gestão pública brasileira (aqui, onde trabalho, esta ainda passa longe). Como esperar que o pessoal trabalhe assim?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

PALPITE DA SEMANA

A capa da Veja desta semana terá relação com a reportagem publicada pela revista colombiana Cambio, sobre suposto envolvimento de integrantes do PT com as FARC. Será?