quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FALTA D'ÁGUA NA CABEÇA...

O rompimento das adutoras da CASAN, provocado pelas chuvas recentes (e duradouras), revelou um problema na sustentabilidade da região: a fragilidade dos recursos hídricos na Grande Florianópolis.

Cada município deveria ser responsável pela sua água. O problema é que, na maior parte dos municípios da Grande Florianópolis, os mananciais capazes de abastecê-los estão ou saturados ou poluídos. Assim, restam poucas opções, como o Rio Pilões, nas quais ficam concentradas toda a captação de água.

O resultado é que, se há algum problema nesses locais - o rompimento de uma adutora, por exemplo - alguma parte do sistema, ou todo ele, fica sem água. Se a captação fosse descentralizada, porém com distribuição interligada, seria mais fácil transferir água de um sistema para outro numa emergência.

Falhas de planejamento governamental à parte, nem o melhor dos sistemas funcionará se a demanda por água for superior à capacidade do meio. Por isso, é necessária alguma providência quanto à pressão populacional exercida sobre a Grande Florianópolis.

Afinal, concentrar a capital do Estado, um pólo turístico, incubadoras tecnológicas e distritos industriais em um local repleto de morros, com poucos rios importantes, é pedir para dar errado. Ainda mais com uma ilha e várias áreas de preservação no meio disso tudo.

3 comentários:

rikejuca disse...

Ora, quando a direção acha que é válido manter uma ETE já instalada e ligada à rede desligada "pois não é rentável tratar esgoto", não me surpreendo mais com a falta de visão dessas criaturas políticas que colocam na direção dos serviços essenciais.

Fernando Silva disse...

Em qual ETE fizeram isso? A da Lagoa ou o merDÁRIO do Centro?

Reverendo disse...

Alguém muda o nome da cidade pra Leptospirópolis!

Lamentável o incidente, mais uma vez mostrando a incompetência do governo local (e regional.. e...) . Eu sempre lembro quando eles queriam fazer captação da Lagoa do Peri pra abastecer a região metropolitana e trazer água de Pilões pra abastecer a ilha. Realmente, as raízes lusitanas às vezes afloram...