sexta-feira, 28 de novembro de 2008

CONSERVADORES

Vocês já notaram que, cada vez que um artista internacional dá as caras no Brasil, sente-se quase obrigado a tocar antigos sucessos?

Pode ser porque esses artistas demoram a aparecer por aqui. Mas - podem ver - se não o fizerem, no meio do show o público já começa a gritar por tais músicas (decerto as únicas que sabem cantar algum pedaço).

A impressão que me dá é a de que nós, brasileiros, não temos muita vontade de procurar músicas novas. Somente as antigas nos satisfazem. E não é qualquer música antiga! Há de ser os clássicos, aqueles que tocaram milhares de vezes nas rádios de suas épocas, e que até hoje aparecem perdidos nas suas programações.

A rejeição ao novo leva-nos a ouvir frases do tipo "essas bandas de hoje não estão com nada, bom mesmo é o que se fazia na década de 70". Ou, ainda, algo como "gosto do Metallica, mas só dos primeiros álbuns, hoje não presta mais".

Para mim, isso não passa de um conservadorismo musical. Sou totalmente contra esse tipo de comportamento. Por isso, vivo procurando coisas novas para ouvir, até para não encher o saco das mesmas coisas.

Agora, por favor, me dêem licença, pois vou ouvir um Led Zeppelin. Stairway to Heaven, é claro!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FALTA D'ÁGUA NA CABEÇA...

O rompimento das adutoras da CASAN, provocado pelas chuvas recentes (e duradouras), revelou um problema na sustentabilidade da região: a fragilidade dos recursos hídricos na Grande Florianópolis.

Cada município deveria ser responsável pela sua água. O problema é que, na maior parte dos municípios da Grande Florianópolis, os mananciais capazes de abastecê-los estão ou saturados ou poluídos. Assim, restam poucas opções, como o Rio Pilões, nas quais ficam concentradas toda a captação de água.

O resultado é que, se há algum problema nesses locais - o rompimento de uma adutora, por exemplo - alguma parte do sistema, ou todo ele, fica sem água. Se a captação fosse descentralizada, porém com distribuição interligada, seria mais fácil transferir água de um sistema para outro numa emergência.

Falhas de planejamento governamental à parte, nem o melhor dos sistemas funcionará se a demanda por água for superior à capacidade do meio. Por isso, é necessária alguma providência quanto à pressão populacional exercida sobre a Grande Florianópolis.

Afinal, concentrar a capital do Estado, um pólo turístico, incubadoras tecnológicas e distritos industriais em um local repleto de morros, com poucos rios importantes, é pedir para dar errado. Ainda mais com uma ilha e várias áreas de preservação no meio disso tudo.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

SARCASMO

Agora que a barreira na SC-401 em Florianópolis desabou mais uma vez, fico imaginando a brilhante idéia que tiveram, de planejar um cemitério próximo àquele terreno. Espero que nunca venha a ser implantado.

Afinal, essa idéia de jerico permitiria a repaginação de uma piada de português. Aquela, do avião que caiu em cima de um cemitério em Lisboa. Imaginem a manchete:

"Barreira desaba na SC-401 em Cacupé. Bombeiros de Florianópolis já retiraram 450 corpos."

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

UM POUCO DE CRIMINOLOGIA

Quando estava no processo de doutrinação marxista, digo, no Curso de Direito da UFSC, era comum ouvir de alguns professores (e de muitos alunos) que as causas da criminalidade estavam na condição social do indivíduo. O criminoso, portanto, era alguém que, diante da falta de oportunidades, praticava ilícitos visando a própria sobrevivência.

Nunca fui muito fã desse pensamento - e por isso tomei pau em muitas matérias "críticas". Penso que essa tese do crime como conseqüência da exclusão social pode justificar apenas uma parte da criminalidade, qual seja, a dos crimes famélicos (em estado de necessidade), as quais, por sinal, excluem a ilicitude.

Dia desses, li uma reportagem sobre um homem que encontrou um envelope com dinheiro e uma conta a pagar. Mesmo pobre de doer, ele pagou a tal conta para não prejudicar quem havia perdido o envelope.

Agora me digam: estando certa a teoria criminológica acima, não seria de se esperar que o homem ficasse com o dinheiro e que se foda a conta? Afinal, ele também é um excluído social.

E o que dizer dos vários casos de jovens de classe média que se envolvem com o tráfico de drogas? E dos crimes passionais? E dos corruptos, então? Tadinhos, tão pobres que precisam conseguir alguns milhões para sobreviver em Miami.

Sinceramente: explicar a criminalidade somente pela exclusão social é um insulto aos milhões de pobres que, apesar de tudo, insistem em viver com aquilo que conseguem ganhar trabalhando honestamente.

ENQUANTO ISSO...

Já que a chuva virou uma condição natural da existência em Floripa, mando novamente o link para um texto que escrevi faz tempos: http://escritormediocre.blogspot.com/2008/06/chuva-e-agora.html

Como vocês podem ver, continua atual.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

LIVRE MERCADO

Há alguns meses, quando a cotação do barril de petróleo disparou de US$80,00 para US$140,00, a Petrobras elevou os preços dos combustíveis dele derivados, alegando que precisava adequá-los às cotações do mercado internacional.

Tudo bem, livre mercado é isso aí!

E agora, que a cotação do barril de petróleo desceu para US$60,00? Quando os preços dos combustíveis vão baixar?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

AGORA QUE A ELEIÇÃO ACABOU...

...alguém pode me dizer por onde anda o tal Tapete Preto?