quarta-feira, 9 de março de 2011

SANTO DE CASA

Num dia sem muita coisa pra fazer, acabei parando na página http://www.aeromovel.com/.

Pelo que vi, trata-se de uma solução para transporte coletivo de massa. Segundo a propaganda na página, é mais simples e barata de construir do que o metrô convencional.

Pesquisando um pouco mais, dá para ver que a tal tecnologia é invenção brasileira. Sim, foi desenvolvida na década de 1980, em Porto Alegre, com a participação de professores da UFRGS. Depois de testes bem sucedidos, os políticos resolveram abandonar o projeto e deixar a linha experimental às moscas.

Hoje em dia, existe uma linha operacional em Jacarta, na Indonésia. Além disso, existem cidades interessadas nos Estados Unidos, Oriente Médio e China interessadas no projeto.

Só que, no Brasil, que tanto sofre com os congestionamentos nas grandes cidades, nada se ouve disso. Aliás, é uma desconhecida até dos acadêmicos da área de transportes.

Será que é porque se trata de uma tecnologia SIMPLES e BARATA?

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AS MESMAS PRAÇAS, OS MESMOS BANCOS...

Todos os dias, vejo o estado lastimável das praças públicas de Floripa. Tirando aquelas que são mantidas por associações de moradores e construtoras querendo ser boazinhas, as demais são impraticáveis como equipamentos públicos.

Aí, resolvi fazer uns cálculos, bem por cima: digamos que em Floripa há umas 100 praças. Suponhamos, então, que se contrate um "zelador" da praça. Seria aquele responsável por: cortar a grama, recolher o lixo, pintar os parquinhos, enfim, "dar uma geral".

Essa pessoa teria uma jornada de seis horas diárias, ao custo de mil reais mensais. Parece muito pouco para pequenos burgueses, mas isso dá um salário de R$ 750,00 mais encargos; num país como o nosso, certamente terá gente querendo.

Então, se tivéssemos um zelador por praça, isso daria um custo de um milhão e duzentos mil reais anuais para o município. Com gastos de material e fiscalização do serviço, não deve passar de um milhão e meio anuais. Ou seja, menos de um por cento do orçamento municipal.

Ora, se o prefeito queria pagar duas vezes isso por uma árvore luminosa, acho que dá para arcar com um custo desses e manter as praças decentemente, não acham?

Ou seja, o que temos é desleixo mesmo.