Já se passaram quase 20 anos desde a transição para a democracia política, e mais do que isso desde o fim da censura à livre manifestação do pensamento. Todavia, parece que alguns ainda sentem saudade daqueles tempos.
Os oficiais e praças da Polícia Militar do Rio de Janeiro, por exemplo, manifestaram apoio integral à ação judicial impetrada por oficiais do Bope contra a exibição do filme nos cinemas brasileiros. Ou seja, querem evitar que a população veja qualquer resquício de realidade que o filme por ventura possa trazer. Já dizia um ministro: "o que é ruim a gente esconde".
Aliás, a própria Corregedoria da PM do RJ não gostou muito desse filme. Tanto o diretor deste, José Padilha, e o ex-capitão da Polícia Militar, Rodrigo Pimentel - um dos autores do livro “Elite da Tropa”, que inspirou esse filme - foram intimados a prestar depoimento na Corregedoria da PM. Caso se recusem a comparecer na data determinada, eles podem ser conduzidos por força policial.
Para piorar, o filme ainda desagradou muitos setores da sociologia barata brasileira. Estes, se pudessem, também o proibiram. Afinal, onde já se viu discordar da ladainha de que o bandido é um fruto de um "sistema perverso" (o capitalismo), que se vê obrigado a seguir uma vida de crimes? E não repetir que a polícia é um mecanismo repressivo, destinado a garantir o controle social de um Estado ilegítimo, que só quer proteger a "elite" (não seria oligarquia?)? Claro que existe muita pesquisa social séria no Brasil. O problema é que a sociologia que domina o ensino médio, os cursos de graduação e a mídia é essa acima.
Mas não farei uma análise sociológica do filme, até porque já existem muitos enganadores fazendo isso neste momento. Sem falar que é muito sacal fazer análise sociológica de peças de entretenimento. É politicamente correto demais.
O problema é que, em nome do politicamente correto, querem proibir o filme. Deve ser porque a "intelectualidade" não gostou do que viu. E também porque alguns setores do Estado não gostam que a população saiba de seus defeitos. Enfim, o coitado do diretor tomou pau de todos os lados.
Sorte nossa que até agora não apareceu nenhum juiz maluco admitindo a retirada do filme das salas de cinema. A repercussão negativa ao "Caso Cicarelli" deve ter escondido a saudade dos tempos em que bastavam alguns minutos para censurar qualquer opinião.
Os oficiais e praças da Polícia Militar do Rio de Janeiro, por exemplo, manifestaram apoio integral à ação judicial impetrada por oficiais do Bope contra a exibição do filme nos cinemas brasileiros. Ou seja, querem evitar que a população veja qualquer resquício de realidade que o filme por ventura possa trazer. Já dizia um ministro: "o que é ruim a gente esconde".
Aliás, a própria Corregedoria da PM do RJ não gostou muito desse filme. Tanto o diretor deste, José Padilha, e o ex-capitão da Polícia Militar, Rodrigo Pimentel - um dos autores do livro “Elite da Tropa”, que inspirou esse filme - foram intimados a prestar depoimento na Corregedoria da PM. Caso se recusem a comparecer na data determinada, eles podem ser conduzidos por força policial.
Para piorar, o filme ainda desagradou muitos setores da sociologia barata brasileira. Estes, se pudessem, também o proibiram. Afinal, onde já se viu discordar da ladainha de que o bandido é um fruto de um "sistema perverso" (o capitalismo), que se vê obrigado a seguir uma vida de crimes? E não repetir que a polícia é um mecanismo repressivo, destinado a garantir o controle social de um Estado ilegítimo, que só quer proteger a "elite" (não seria oligarquia?)? Claro que existe muita pesquisa social séria no Brasil. O problema é que a sociologia que domina o ensino médio, os cursos de graduação e a mídia é essa acima.
Mas não farei uma análise sociológica do filme, até porque já existem muitos enganadores fazendo isso neste momento. Sem falar que é muito sacal fazer análise sociológica de peças de entretenimento. É politicamente correto demais.
O problema é que, em nome do politicamente correto, querem proibir o filme. Deve ser porque a "intelectualidade" não gostou do que viu. E também porque alguns setores do Estado não gostam que a população saiba de seus defeitos. Enfim, o coitado do diretor tomou pau de todos os lados.
Sorte nossa que até agora não apareceu nenhum juiz maluco admitindo a retirada do filme das salas de cinema. A repercussão negativa ao "Caso Cicarelli" deve ter escondido a saudade dos tempos em que bastavam alguns minutos para censurar qualquer opinião.
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