segunda-feira, 21 de maio de 2007

A CHINA COMO POTÊNCIA MUNDIAL?

"China, próxima potência mundial". Quantas vezes nos deparamos com essa frase - ou derivadas dela - nos telejornais ou na mídia escrita. É a nova queridinha dos economistas. A Miriam Leitão, por exemplo, chega a ter orgasmos cada vez que comenta sobre a economia chinesa.

Todavia, continuo fui reticente quanto ao desenvolvimento da economia chinesa. Em primeiro lugar, de que adianta ter um crescimento industrial fantástico, com produtos ruins como os deles? Apenas como exemplo: dia desses fui pego de surpresa por um aguaceiro, e tive de comprar de um ambulante (leia-se camelô) um guarda-chuva, de fabricação chinesa. Situação semelhante ocorre com canetas, brinquedos e qualquer outra porcaria que se compre no camelô da esquina. É comprar e quebrar. Agora me perguntem se eu pretendo comprar um carro chinês...

Provavelmente algum economista antigo vai lembrar que o Japão, nas décadas de 1950 e 1960, também manufaturava produtos de qualidade sofrível, mas hoje é a segunda economia do mundo e suas empresas são sinônimo de controle de qualidade. Tudo bem, mas a origem da indústria japonesa remonta ao século XIX. As décadas de 1950 e 1960 serviram apenas para recuperar de forma rápida - e de certa forma barata - uma economia arrasada pela guerra.

Já a economia "industrial" chinesa é recente. De tão ridícula, na década de 1960, o líder Mao (Tse Tung) tentou produzir aço a partir das panelas doadas pelos camponeses. Somente em 1978 é que eles começaram a produzir alguma coisa, e ainda assim eram cópias malfeitas de produtos japoneses, europeus e americanos. Tinham (e têm) apenas uma vantagem: o preço. E mesmo assim porque são produzidas com mão-de-obra próxima da escravidão e sem o pagamento de royalties.

Além disso, não dá para confiar numa candidata a potência em que 85% da população ainda vive na Idade Média. Por isso, se eu fosse um investidor, continuaria a depositar meus milhões em mercados mais confiáveis. Só que não o sou. Ainda bem! Já imaginou se eu erro?

4 comentários:

Anônimo disse...

hehe, já não basta piratearem a disneyland.. :D

Anônimo disse...

Pergunta pra Miriam Peitão se ela gostaria de (tentar) trabalhar como jornalista na China. E eu nem vou entrar nas questões ambientais desta "super potência"... Abraço véio

Bruno Volpato disse...

Sensacional cara, penso da mesma forma que tu. O que economista fala não se escreve. O que especulador internacional fala, então...

Anônimo disse...

É isso ae! Ode aos Chineseses que trabalham o dia todo por um prato prato de miojo...

Sem mais ....