É comum ouvirmos - nos meios de comunicação nacionais, nas salas de aula ou mesmo em rodas de bar - a idéia de que, no Brasil, o Estado é imenso, existindo um excesso de servidores públicos. Nessas horas, são muito utilizadas as expressões "máquina inchada", "gigantismo do Estado", entre outras.
Aos fatos: segundo dados do US Census Bureau (o IBGE deles), o Estados Unidos dispunham, em 2002, mais de 21 milhões de servidores públicos (2,6 milhões federais e o restante nos Estados e condados) para uma população de 281 milhões de pessoas. Ou seja 7,47% da população dos Estados Unidos era servidora pública.
No Brasil, segundo dados dos órgãos oficiais (IBGE e MPOG), em 2004 existiam cerca de 7,4 milhões de servidores (1 milhão federais, 2 milhões estaduais e 4,5 milhões municipais), aí contados efetivos e temporários. Para 186 milhões de habitantes, isso dá 3,97% da população.
Essa comparação foi feita com os Estados Unidos, país tido como terra liberal, como exemplo de tamanho do Estado, entre outros adjetivos. Ou seja, com a meca dos que cunharam as expressões ditas no primeiro parágrafo.
Vemos que, numericamente, não sobram servidores públicos no Brasil. Pelo contrário, faltam muitos. Estamos, portanto, a muitos anos de atingir o nível de serviço em países mais civilizados.
Parece-me que o problema não está no número de servidores públicos, mas na qualidade do seu serviço. Faz poucos anos que começaram a implementar a avaliação de desempenho na gestão pública brasileira (aqui, onde trabalho, esta ainda passa longe). Como esperar que o pessoal trabalhe assim?
Aos fatos: segundo dados do US Census Bureau (o IBGE deles), o Estados Unidos dispunham, em 2002, mais de 21 milhões de servidores públicos (2,6 milhões federais e o restante nos Estados e condados) para uma população de 281 milhões de pessoas. Ou seja 7,47% da população dos Estados Unidos era servidora pública.
No Brasil, segundo dados dos órgãos oficiais (IBGE e MPOG), em 2004 existiam cerca de 7,4 milhões de servidores (1 milhão federais, 2 milhões estaduais e 4,5 milhões municipais), aí contados efetivos e temporários. Para 186 milhões de habitantes, isso dá 3,97% da população.
Essa comparação foi feita com os Estados Unidos, país tido como terra liberal, como exemplo de tamanho do Estado, entre outros adjetivos. Ou seja, com a meca dos que cunharam as expressões ditas no primeiro parágrafo.
Vemos que, numericamente, não sobram servidores públicos no Brasil. Pelo contrário, faltam muitos. Estamos, portanto, a muitos anos de atingir o nível de serviço em países mais civilizados.
Parece-me que o problema não está no número de servidores públicos, mas na qualidade do seu serviço. Faz poucos anos que começaram a implementar a avaliação de desempenho na gestão pública brasileira (aqui, onde trabalho, esta ainda passa longe). Como esperar que o pessoal trabalhe assim?
4 comentários:
Talvez ainda coubesse uma distribuição do número de servidores/estado... será que todos os estados estão igualmente atendidos, ou teremos grande disparidade?
Abs, e bom ler novo texto!
Concordo com você. O que complica no Brasil é a qualidade. O problema não é a inexistência de avaliações de desempenho, mas a falta de vergonha na cara das pessoas mesmo. Com tudo que está acontecendo no país, ao contrário de aproveitar o ensejo e fazer algo diferente, o brasileiro opta por seguir os péssimos exemplos, ou seja, prefere burlar licitações, contratos, fraudar concursos, comprar pessoas... etc.
Só pra constar, no ano passado o Genoíno faz um artigo sobre o assunto, com o título: A vingança do Estado Mínimo. Está disponível no site do PT.
Creio que estamos caminhando para um futuro melhor, no que diz respeito a serviços públicos.
Mão-de-obra no funcionalismo público, parece-me que está cada vez mais longe da precariedade que era anos atrás.
Postar um comentário