Terça-feira, 19 de fevereiro de 2008. Nesse dia encerrou-se um dos mais longos reinados da história política contemporânea. Fidel Castro Ruz renunciou à pretensão de, mais uma vez, ser reconduzido à condição de mandatário de Cuba.
Digo reinado porque seus sucessivos mandatos podem ser caracterizados como tal. Afinal, foram 49 anos à frente do Conselho de Estado, órgão máximo do governo cubano.
Desde que Fidel Castro assumiu o poder em Cuba, a Igreja Católica teve 5 papas, os Estados Unidos da América, 9 presidentes, e o Brasil, 8 moedas. Acho que é tempo suficiente para caracterizar o regime cubano como monarquia.
Nesse longo período, houve, em Cuba, avanços primorosos na área da educação, saúde e desportos. E esse talvez seja o maior mérito da experiência tropical-socialista. Soma-se a isso, é claro, a forma como o líder cubano caçoava dos mandatários estadunidenses, para deleite dos demais latino-americanos. Fidel, portanto, cumpriu bem o seu papel nesses itens.
Houve, também, um embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. Num primeiro momento, essa medida foi implantada em razão da Guerra Fria, e depois decorreu da pressão da oligarquia cubana da época da ditadura de Fulgencio Batista, e que depois se viu exilada em Miami, privada das tetas do Estado no qual mamaram durante centenas de anos.
Não fosse o embargo dito acima, talvez Cuba estivesse melhor atualmente. Talvez não. O certo é que a renúncia de Fidel veio com 15 anos de atraso. Se o tivesse feito em 1993, sairia como herói. A década de 1990 seria perdida para Cuba, como o foi em outros tantos países que renunciaram ao comunismo naquela época. Todos eles enfrentaram uma séria recessão econômica que se seguiu à retirada dos subsídios da antiga União Soviética.
No entanto, nos anos seguintes poderia vir uma recuperação, de forma que o padrão de vida melhorasse no médio prazo, como ocorreu na Polônia, Hungria e República Tcheca. E o motor dessa recuperação seria justamente o notável sistema educacional implantado desde 1959.
Digo reinado porque seus sucessivos mandatos podem ser caracterizados como tal. Afinal, foram 49 anos à frente do Conselho de Estado, órgão máximo do governo cubano.
Desde que Fidel Castro assumiu o poder em Cuba, a Igreja Católica teve 5 papas, os Estados Unidos da América, 9 presidentes, e o Brasil, 8 moedas. Acho que é tempo suficiente para caracterizar o regime cubano como monarquia.
Nesse longo período, houve, em Cuba, avanços primorosos na área da educação, saúde e desportos. E esse talvez seja o maior mérito da experiência tropical-socialista. Soma-se a isso, é claro, a forma como o líder cubano caçoava dos mandatários estadunidenses, para deleite dos demais latino-americanos. Fidel, portanto, cumpriu bem o seu papel nesses itens.
Houve, também, um embargo econômico imposto pelos Estados Unidos. Num primeiro momento, essa medida foi implantada em razão da Guerra Fria, e depois decorreu da pressão da oligarquia cubana da época da ditadura de Fulgencio Batista, e que depois se viu exilada em Miami, privada das tetas do Estado no qual mamaram durante centenas de anos.
Não fosse o embargo dito acima, talvez Cuba estivesse melhor atualmente. Talvez não. O certo é que a renúncia de Fidel veio com 15 anos de atraso. Se o tivesse feito em 1993, sairia como herói. A década de 1990 seria perdida para Cuba, como o foi em outros tantos países que renunciaram ao comunismo naquela época. Todos eles enfrentaram uma séria recessão econômica que se seguiu à retirada dos subsídios da antiga União Soviética.
No entanto, nos anos seguintes poderia vir uma recuperação, de forma que o padrão de vida melhorasse no médio prazo, como ocorreu na Polônia, Hungria e República Tcheca. E o motor dessa recuperação seria justamente o notável sistema educacional implantado desde 1959.
Pode ser, também, que as oligarquias exiladas aproveitassem o vácuo de poder para reinstaurarem as benesses que tinham até 1959, por meio de um regime democrático do ponto de vista político, mas excludente do ponto de vista social. Afinal, a América Latina é bem diferente da Europa Oriental.
Mesmo que, do ponto de vista econômico, Cuba não estivesse melhor, ainda assim digo: Fidel, sinto dizer, mas tarde é pouco para a hora em que vais.
Mesmo que, do ponto de vista econômico, Cuba não estivesse melhor, ainda assim digo: Fidel, sinto dizer, mas tarde é pouco para a hora em que vais.
2 comentários:
E agora, meu caro, o que será dos revolucionários latino-americanos? A quem idolatrarão? Na UFSC, já se fala em greve até que Fidel anuncie a volta ao poder...
Diz a lenda que, depois do Raúl, o próximo na linha de sucessão é o Max de Castro (baterias tocando).
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